Os funcionários que cuidam da segurança das cinco obras de creches do programa Proinfância, em Santa Maria, paralisaram o trabalho na tarde desta quinta-feira. Eles se reuniram na obra da creche no bairro Nossa Senhora Medianeira. Os vigilantes se queixam que, há três meses, o dinheiro não é repassado para a empresa para a qual trabalham, terceirizada pela MVC Soluções em Plástico, responsável pela construção das creches.
No total, são 28 funcionários, que cuidam das cinco creches em Santa Maria, de uma em São Sepé, outra em Tupanciretã, duas em Cachoeira do Sul e mais uma em Vale do Sol.
Sempre prometem que vamos receber, e a gente não quer perder o emprego, por isso, vamos aguentando diz Maurício Antunes, fiscal dos vigilantes.
Os funcionários iriam parar na última terça-feira, mas teriam sido avisados que na quarta-feira receberiam. O valor depositado pela empresa, ao ser dividido, resultou em R$ 300 para cada.
Prefeito quer resposta
O prefeito de São Sepé, Léo Carlos Girardello, deve se reunir, ainda na manhã de hoje, com representantes da MVC, no Paraná. Ele explica que, no município, a obra da creche parou há cerca de 60 dias.
Todo o dia há crianças pedindo vaga na Justiça e a obra da creche não anda. Já não sabemos mais o que fazer, por isso, marcamos essa agenda com a empresa explica o prefeito.
A empreiteira explica que os contratos das obras estão dentro do prazo previsto e que houve casos, em Santa Maria, em que a prefeitura levou cerca de um ano para entregar os terrenos para a construção. Sobre o pagamento dos vigilantes, a MVC disse que deve se manifestar nesta sexta-feira a respeito do assunto.
A secretária de Educação de Santa Maria, Silvana Guerino, afirma que não houve atraso nenhum por parte da prefeitura e que a empresa não estaria cumprindo o cronograma físico da obra.